O traço semântico que separa lideres e chefes é mais acentuado no mundo corporativo do que na gramática. Os primeiros são identificados como aqueles que inspiram, orientam, delegam e dão exemplo. Já a idéia de chefia está associada á controle, direção e não raro, certo descontentamento por parte dos comandados. O cenário se complica diante do confronto de gerações presentes hoje nas empresas: de um lado, profissionais mais novos, com apurada formação acadêmica e fluência em mais de dois idiomas; de outro, um contingente de executivos que não dispõem desses atributos, mais esbanjam experiência.
Desenvolver lideranças é uma necessidade premente das organizações. Muitas compreendem a prática do coaching como alternativa para fomentar as habilidades e competências necessárias a um comando genuíno, capaz de exercer uma influência positiva e motivadora. Outras criam mecanismos para garantir maior arssertividade na contratação e promoção de lideres.
Liderança, no entando, é algo passível de ser desenvovido. Um chefia inspiradora, que orienta e motiva, tem condições de fazer brotar nos comandados as habilidades necessárias. O coaching é um caminho produtivo que foca o aspecto atitudinal. Trata-se de um instrumento especialmente eficaz quando se leva em conta que muitos níveis foram suprimidos nas estruturas organizacionais, aumentando distâncias e dificultando o aprendizado da liderança. Some-se a isso o choque de gerações, que cria entraves tanto em equipes capitaneadas por profissionais mais jovens do que seus subordinados como em times cujos lideres, embora detentores de grande experiência, tem entre seus comandados pessoas com formação técnica e acadêmica superior a sua. "Ser liderado é a melhor maneira para se transformar em líder. A trájetória requer tranquilidade, pois o percurso é longo e sua velocidade depende da curva de aprendizagem de cada um. É possível, sim, desenvolver habilidades de liderança, e as empresas tem como fomentar o processo".