terça-feira, 20 de julho de 2010

Você é Hands On ?



Ando inquieto na empresa onde trabalho. São 5 anos de formado, 9 anos na mesma empresa. Já conheço muito bem os prós e contras. É uma sensação de segurança por um lado, mas de comodismo por outro. É difícil lidar com esse medo das mudanças, principalmente quando se trata de emprego novo. Mas sobre isso falarei em meu próximo Post !

Recebi outro dia este artigo do Max Gehringer por email e resolvi postá-lo aqui. É um pouco extenso mas vale a pena para refletir sobre esta nossa necessidade de sermos hiper-super-mega qualificados e inteligentes e informados sobre tudo. What for?

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Vi um anúncio de emprego. A vaga era de gestor de atendimento interno, nome que agora se dá à seção de serviços gerais. E a empresa contratante exigia que os eventuais interessados possuíssem - sem contar a formação superior - liderança, criatividade, energia, ambição, conhecimentos de informática, fluência em inglês e não bastasse tudo isso, ainda fossem hands on.

Para o felizardo que conseguisse convencer o entrevistador de que possuía mesmo essa variada gama de habilidades, o salário era um assombro: 800 reais. Ou seja, um pitico.

Não que esse fosse algum exemplo absolutamente fora da realidade. Pelo contrário, ele é quase o paradigma dos anúncios de emprego atuais. A abundância de candidatos está permitindo que as empresas levantem, cada vez mais, a altura da barra que o postulante terá de saltar para ser admitido.

E muitos, de fato, saltam. E se empolgam. E aí vêm as agruras da superqualificação, que é uma espécie do lado avesso do efeito pitico...

Vamos supor que, após uma duríssima competição com outros candidatos tão bem preparados quanto ela, a Fabiana conseguisse ser admitida como gestora de atendimento interno. E um de seus primeiros clientes fosse o seu Borges, gerente da contabilidade.

BORGES: - Fabiana, eu quero três cópias deste relatório.

FABIANA:- In a hurry!

BORGES:- Saúde.

FABIANA:- Não, isso quer dizer "bem rapidinho". É que eu tenho fluência em inglês. Aliás, desculpe perguntar, mas por que a empresa exige fluência em inglês se aqui só se fala português?

BORGES:- E eu sei lá? Dá para você tirar logo as cópias?

FABIANA:- O senhor não prefere que eu digitalize o relatório? Porque eu tenho profundos conhecimentos de informática.

BORGES:- Não, não. Cópias normais mesmo.

FABIANA:- Certo. Mas eu não poderia deixar de mencionar minha criatividade. Eu já comecei a desenvolver um projeto pessoal visando eliminar 30% das cópias que tiramos.

BORGES:- Fabiana, desse jeito não vai dar!

FABIANA:- E eu não sei? Preciso urgentemente de uma auxiliar.

BORGES:- Como assim?

FABIANA:- É que eu sou líder, e não tenho ninguém para liderar. E considero isso um desperdício do meu potencial energético.

BORGES:- Olha, neste momento, eu só preciso das três có...

FABIANA:- Com certeza. Mas antes vamos discutir meu futuro...

BORGES:- Futuro? Que futuro?

FABIANA:- É que eu sou ambiciosa. Já faz dois dias que eu estou aqui e ainda não aconteceu nada.

BORGES:- Fabiana, eu estou aqui há 18 anos e também não me aconteceu nada!

FABIANA:- Sei. Mas o senhor é hands on?

BORGES:- Hã?

FABIANA:- Hands on. Mão na massa.

BORGES:- Claro que sou!

FABIANA:- Então o senhor mesmo tira as cópias. E agora com licença que eu vou sair por aí explorando minhas potencialidades. Foi o que me prometeram quando eu fui contratada.

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Então, o mercado de trabalho está ficando dividido em duas facções:

1 - Uma, cada vez maior, é a dos que não conseguem boas vagas porque não têm as qualificações requeridas.

2 - E o outro grupo, pequeno, mas crescente, é o dos que são admitidos porque possuem todas as competências exigidas nos anúncios, mas não poderão usar nem metade delas, porque, no fundo, a função não precisava delas.

Alguém ponderará - com justa razão - que a empresa está de olho no longo prazo: sendo portador de tantos talentos, o funcionário poderá ir sendo preparado para assumir responsabilidades cada vez maiores.

Em uma empresa em que trabalhei, nós caímos nessa armadilha. Admitimos um montão de gente superqualificada. E as conversas ficaram de tão alto nível que um visitante desavisado que chegasse de repente confundiria nossa salinha do café com o auditório da Fundação Alfred Nobel.

Pessoas superqualificadas não resolvem simples problemas !

Um dia um grupo de marketing e finanças foi visitar uma de nossas fábricas e no meio da estrada, a van da empresa pifou. Como isso foi antes do advento do milagre do celular, o jeito era confiar no especialista, o Cleto, motorista da van. E aí todos descobriram que o Cleto falava inglês, tinha noções de informática e possuía energia e criatividade. Sem mencionar que estava fazendo pós-graduação. Só que não sabia nem abrir o capô. Duas horas depois, quando o pessoal ainda estava tentando destrinchar o manual do proprietário, passou um sujeito de bicicleta. Para horror de todos, ele falava "nóis vai" e coisas do gênero. Mas, em 2 minutos, para espanto geral, botou a van para funcionar.
Deram-lhe uns trocados, e ele foi embora feliz da vida.

Aquele ciclista anônimo era o protótipo do funcionário para quem as empresas modernas torcem o nariz: O que é capaz de resolver, mas não de impressionar !!!

quarta-feira, 14 de julho de 2010

quarta-feira, 7 de julho de 2010

11 Bons Motivos para estudar


QUEM ESTUDA...
1- Assume o controle da própria vida.
2- Sabe o que diz. Tem embasamento para discutir diversos assuntos.
3- Tem mais chance de conquistar a mulher que deseja.
4- Se vira melhor em qualquer país ou região, pois conhecimento é universal.
5- Aprende a separar o comportamento dos sábios e dos idiotas.
6- Tem mais oportunidades na vida.
7- Cultiva hábitos de vida saudáveis.
8- Consegue superar as derrotas com mais facilidade.
9- Tem menos possibilidade de entrar no mundo do crime e da violência.
10- Fica menos tempo desempregado e troca de emprego com mais facilidade.
11- Tem mais garantia de que o salário aumente.