terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Talento

O que você faria se, de repente, um componente de sua equipe de trabalho revelasse que possui 30 quilos de ouro puro, puríssimo?
Tomaria fôlego e, é quase certo, que perguntaria: -O que você pretende fazer com tanto ouro?
Ouviria com atenção verdadeira? Ajudaria a pessoa a encontrar a forma mais rentável de aplicar riqueza tão valiosa?
De certo que sim.
Ou será que não?

Explico. Talento é, originalmente, o nome de uma moeda romana e significava algo entre 27 a 36 quilogramas de metal.
Muito valioso o talento.
Tão valioso que sempre era tratado com produtivo respeito. O talento era posto a trabalhar para gerar mais talento, mais riqueza , segurança e conforto.
Era até mesmo repartido em dotes o que propiaciava o começo de novas famílias, novos negócios, vai por aí.

Por um processo de analogia, modernamente, chamamos talento dons aparentemente inefáveis, competências várias, ou seja, o que torna cada ser humano único. Dizemos que a riqueza de nossas organizações está em nossos talentos e muitas outras frases de efeito.
Mas, será que temos criado mesmo as condições e o cenário adequado ao florescimento pleno dos talentos que nos são confiados?
Ou será que os deixamos na prateleira, sem luz , sem sol, sem água, sem desafios que os façam vicejar?

Dia destes, em conversa com uma profissional de RH ouvi o seguinte relato: - Sabe, eu gosto de trabalhar aqui. Gosto da equipe, do trabalho que desenvolvo, recebo boa remuneração; trabalho perto de casa , o que é muito confortável, mas estou pensando em buscar nova posição. Perguntei por que.
Ela, então, fez um gesto de desânimo e me disse: - Não tenho mais nada para aprender, para desenvolver aqui. Daqui para frente será sempre a mesma coisa.

E ela tem apenas 30 anos. Triste destino seria mesmo este. E para escapar dele, é necessário sair-se, aventurar-se.

Fiquei pensando se isto teria que ser inevitável ou não.
Creio profundamente que não.

Se Talento vale ouro, por que deixá-lo à deriva.
Qual o custo de captar, selecionar, integrar, treinar uma pessoa?
Sabemos que é grande, muito grande.

Se Talento mais se vislumbra do que se define e se reconhecemos que Talento precisa circular, ser livre para gerar riquezas, por que insitimos em amordaçá-los , acomodá-los em posições bem confortáveis? Não tem jeito, sem o alimento necessário ou ele morre ou escapa.
Você, como lider, o que faria? Pense nisso....

O autêntico, o verdadeiro grande talento descobre as suas maiores alegrias na realização.
Johann Goethe

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